"não quero mais da vida do que senti-la perder-se nestas tardes imprevistas, ao som de crianças alheias que brincam nestes jardins engradados pela melancolia das ruas que os cercam, e copados, para além dos ramos altos das árvores, pelo céu velho onde as estrelas recomeçam."
Thursday, December 23
Foi num destes dias, que embriagada me sentei a meditar sobre o humano. E à cabeça flutuava a hipocrisia, o ego e o excesso de amor-próprio. Olhei para o interior, sentia na pele o desgosto por me encarar neste estado de futilidade, uma completa ignorante. Porquanto cessasse, não dava com a saída do labirinto. As lágrimas escorriam, o coração acelerava-se com o passo, e chovia. Como chovia na minha cabeça. Tinha a consciência que tinha naufragado no tempo, tinha-me extraviado no espaço, e nunca seria recordada. Era apenas mais uma mente fútil.
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