 foi nas espessas paredes do meu quarto, encanecidas, que lentamente fechava as pálpebras de um sono falso. à minha mente boiavam pequenos fragmentos do que havia por fazer, por viver, luzes incandescentes, um lusco-fusco completo que me escarnecia o pensamento e me relaxava o corpo. aquelas esbranquiçadas paredes pareciam enclausurar-me num absurdo estado de alucinação do qual não me via livre nem porquanto cessasse.
 foi nas espessas paredes do meu quarto, encanecidas, que lentamente fechava as pálpebras de um sono falso. à minha mente boiavam pequenos fragmentos do que havia por fazer, por viver, luzes incandescentes, um lusco-fusco completo que me escarnecia o pensamento e me relaxava o corpo. aquelas esbranquiçadas paredes pareciam enclausurar-me num absurdo estado de alucinação do qual não me via livre nem porquanto cessasse. por fim, sobre tantos pensamentos que trepavam e desciam a minha mente, que manchavam a consciência, as horas passavam e a solidão que assolava a minha alma alargava-se, não sentia o que queria, não sentia nada. tudo se fez sombra, mera sombra, e o que julgava ser insónia, era sono profundo, um pesadelo.
despertei. 
 
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