Thursday, March 31

foi nas espessas paredes do meu quarto, encanecidas, que lentamente fechava as pálpebras de um sono falso. à minha mente boiavam pequenos fragmentos do que havia por fazer, por viver, luzes incandescentes, um lusco-fusco completo que me escarnecia o pensamento e me relaxava o corpo. aquelas esbranquiçadas paredes pareciam enclausurar-me num absurdo estado de alucinação do qual não me via livre nem porquanto cessasse.
por fim, sobre tantos pensamentos que trepavam e desciam a minha mente, que manchavam a consciência, as horas passavam e a solidão que assolava a minha alma alargava-se, não sentia o que queria, não sentia nada. tudo se fez sombra, mera sombra, e o que julgava ser insónia, era sono profundo, um pesadelo.

despertei.

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