Thursday, June 16

hoje, num daqueles constantes devaneios, sem propósito nenhum, que constituem uma parte substâncial da minha personalidade, imaginei-me a desejar a minha infância. uma inquietação enorme fazia-me estremecer em gestos mínimos, receava endoidecer, como de facto receio sempre; o meu corpo era um grito latente, um poço de loucura onde caía em horror. no fundo obscuro do meu poço, travava uma batalha com um inimigo que ficou incógnito nas memórias de momentos fugazes. uma náusea física de que não há solução para problema algum, senão a infância.
chamam-me nostálgica, e não me ofende.

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