Saturday, November 2

e nasce assim, de um segundo. um tic ou um tac no relógio de parede da minha existência. um tic que agarro com todas as minhas forças, ou um tac, que guardo na minha caixinha de música, vigiado pela bailarina de cristal que dança ao som do nosso compasso. um segundo tão dolorosamente etéreo, mas tão deliciosamente inesquecível. um tic só nosso. ou um tac, deleite da memória, aquele em que o corpo flutuava, a consciência estava em modo de hibernação instantânea e todo o mundo, todo o mundo exterior tinha desaparecido. estávamos no nosso próprio mundo. os teus olhos doces, multi-cores, trespassavam-me a alma, como sempre fazem. perfuram-me, injectam-me o ser de sentimentos, de emoções, de vida e vontade de viver. dizias que amar é..
amar é ter urgência em rever esse segundo. amar é ansiar esses teus olhos doces. é querer passar o resto dos meus dias no teu feitiço. é pairar eternamente nesse tic, pausar no tac, e viver assim.
viver, apenas.

No comments:

Post a Comment