Wednesday, September 29

YOU’RE MY WONDERWALL.

Tudo começa no início, quando tu te perguntas sobre o início do quê. Tudo começa com aquela ginorme multidão, homens e mulheres; uma orgia repleta de hormonas e desejos por realizar. A alma gémea que todos procuram com frenéticos movimentos de desesperados e solitários corações. Encontras o teu espírito perdido, no meio de tantas personalidades e de tantos feitios, e a tua missão naquela guerra de sexos é encontrares o oposto que te completa. Vais-te arrastando pela multidão de gentes que rebenta num mundo dos amores, e nem te apercebes que ele está no virar da esquina, à tua espera. À tua espera como quem diz, até lá chegares passam-se meses, podem até passar-se anos, podes ter encontrado amores falsos e sofrimento pelo meio. Às lágrimas com certeza não te escapas, e a ele também não. Nem que seja só para sentir o leve aroma de liberdade ou, ou o batimento acelerar a cada passo que te aproximas daquela esquina. O teu cérebro desliga do mundo, porque só ele te penetra o pensamento, os seus olhos amendoados e castanhos, a sua tez bronzeada, o seu ser que será o teu ser. Basta pronunciares meras palavras, basta balbuciares algumas pirosices típicas do sentimento, basta provocares o beijo. O beijo. No momento que o teu estômago faz o “clic” sabes que é teu, é a tua metade por assim dizer, é o teu triunfo, uma das razões que te faz viver cada dia. Lábios nos lábios, de narizes encostados, numa esquina para sempre recordada. A multidão de solitários desvanece-se em meros segundos, agora és tu e ele e um mundo de desilusões, de obstáculos à felicidade e imundice humana.
A dúvida é constante, o medo perturbador, a consciência assassina, mas sempre de mãos dadas, como no primeiro dia.

After all, you’re my wonderwall.

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