Monday, November 15

"ah, como tudo é nulo e vão!"
tenho descrito frustrações de alma, identificando-me com Pessoa numa poesia triste, a insatisfação da alma humana.
hoje, estou satisfeita. olho para a janela e já não avisto o denso vazio de ontem, avisto um arco-íris subentendido no chilrear das belas criaturas voadoras. avisto um arco-íris subentendido no céu azulinho, azulão, perfeito contraste com o faiscar dos raios solares. a distância do idealizado e do concretizado já nem a olhos próximos se denota, porque o idealizado é o concretizado. estou perto do abismo, estou a um passo de cair, mas o abismo já não me assusta porque não caio sozinha.

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