Wednesday, April 3

as coisas surgem sempre com significados muito definidos, e cuja origem é desconhecida. aprendemos a lidar com estes conceitos, sem sequer termos a oportunidade de lutar contra a corrente, caso nos sejam descabidos. mas nos primeiros anos da nossa efémera vida não nos apercebemos disto, da injustiça que é dar continuidade às tradições, aos cultos, às ideias de alguém que até nem conhecemos. limita-mo-nos a rejubilar por aprender mais uma palavra, ou por ter conseguido alcançar algum objectivo predefinido por outrem. assim vamos vivendo, rodeados de velharias e sem nos apercebermos no ceio onde vamos crescendo. em ternas idades, quando começamos a reflectir sobre tudo e sobre o nada, a ter ideias nossas e a querer instaurar um certo controlo sobre o nosso próprio dia-a-dia, vê-mo-nos acorrentados à nossa educação, aos malditos costumes, ao significado que a palavra forçosamente tem de ter, e o facto de isso ser inegável. e é um tormento, seguires os teus próprios caminhos, mas sempre com olhos postos em ti, uns olhos fantasiosos, frutos da tua própria frustração. partes da tua consciência pedem-te que lutes contra os ideais que te foram impostos, contra o valor que dás às coisas erradas, a falsa moral que reina por todos… mas outras relembram com saudosismo todos os anos passados a tentar superar-te a ti mesmo, desde a tua primeira palavra até ao teu primeiro livro, sempre evoluindo no sentido de ser algo maior. afinal, o que significam as palavras? foram inventadas, por algum homem de “h” maiúsculo, tão ironicamente poderoso. tudo é complexo, estar a expressar-me por estas mesmas palavras que critico é complexo.
e tudo é uma complexidade de ser, de sentir, de querer… 

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