my killer, my lover.

recomeçara a amar a cidade, somente o meu marinheiro perdurava no esquecimento.
suspirei, enquanto aconchegava a alma ao som da cafeína.
"amei aquela criatura. amei aquela criatura com Amor, com todos os Amores que estão no Amor, o Amor divino, o Amor humano, o Amor bestial, como Santo António amava a Virgem, como Romeu amava Julieta, como um bode ama uma cabra."
era uma triste, deliciava-me na densidade da minha estupidez, lavada em lágrima com propósitos fúteis. por largos meses perdi a consciencia do que havia sido; o sonho parecia realidade, não seria então a realidade um sonho?
o eu miserável, de louvores fracassados e naquela confusão pitoresca onde tudo desabou. entalei o pé no pedal da bicicleta.
foi um momento e já passou, foi um momento, e vi a verdade num momento, plena de consciência.