Sunday, March 14

onde estas, onde foste.

ao sol ja o não o via por uma nesga no céu escurecido. havia perdido a batalha contra o tempo, ou contra o destino. e parece tudo tão poético, tão "conto de fadas cor-de-rosa"; esta na altura de mudar o rumo as personagens.
os neuronios desligavam, o coração falecia, cada segundo perdido cada segundo ganho no esquecimento. então lutava, contra a matilha de cães esfaimados que me arrancava e triturava as entranhas do que havia passado. o meu marinheiro, ou apenas naufrago de mas memorias, era por altura quase transparente, ja não lhe reconhecia as faces serenas.
haviam passados anos, o "toc toc" dos saltos na calçada, o "tinonim" das ambulâncias, o "brumm" dos carros; esses permaneciam. a avenida e os tão antigos sonhos que lhe faziam companhia, o cheiro a maresia e a café e torradas.
sentia muito a sua falta, na altura de uma vaga e transparente sombra.

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